A apresentadora Sônia Andrade entrevista a juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, que compartilha sua trajetória, desafios e aborda a importância da humanização no serviço público. Assista ao episódio

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Humanizando a Justiça: reflexões da juíza Carolina Ranzolin Nerbass no podcast “Sem Culpa no Cartório”

30/08/2024

O 6º episódio do podcast "Sem Culpa no Cartório", apresentado pela registradora pública Sônia Andrade, tem como entrevistada a juíza auxiliar Carolina Ranzolin Nerbass , da Corregedoria Nacional de Justiça. Ranzolin, que compartilhou suas experiências e reflexões sobre a magistratura e ressaltou a importância de um olhar humanizado nas relações jurídicas. Abordou também a contribuição da tecnologia para o aperfeiçoamento das atividades extrajudiciais.

Carolina Ranzolin integra a equipe de juízes do CNJ, designada para uma tarefa muito importante: a regulamentação do Sistema Eletrônico de Registros Públicos (Serp), criado pela Lei nº 14.382/2022, e a implantação dos Operadores Nacionais do Registro, entre eles o Operador Nacional de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas.

O podcast “Sem Culpa no Cartório” é uma iniciativa da registradora Sônia Andrade, 1ª vice-presidente do IRTDPJBrasil e titular do 6º Ofício de RTD do Rio de Janeiro, Capital. Na entrevista, a juíza relembra como foi a sua entrada na Corregedoria Nacional de Justiça. “Trabalhava no Tribunal de Justiça de Santa Catarina e era responsável pelos processos vindos do CNJ, época que comecei a ter contato com a Corregedoria. Na gestão do ministro Luiz Fux, tivemos um entrosamento grande entre o Tribunal e o Conselho porque estávamos implementando o Sistema de Execução Unificada. Naquela época, fui chamada para trabalhar na presidência do CNJ. Em seguida, o ministro Luis Felipe Salomão assumiu a Corregedoria Nacional e me convidou para a sua equipe, onde estou até hoje.” 

A magistrada falou ainda sobre o trabalho desenvolvido no extrajudicial, na gestão do ministro Salomão. “Foi um desafio, mas eu encontrei excelentes colegas de trabalho como a juíza Daniela Madeira. Tem sido muito bom trabalhar nesta gestão, porque o corregedor geral já tinha as diretrizes que queria seguir e nos deu liberdade para atuar de acordo com o que tinha fixado.”

Ranzolin comenta, ainda, sobre a integração com a classe cartorária. “É uma grata satisfação atuar com todos aqueles que representam grupo de notários e registradores, em todas as suas especialidades, pois são pessoas abertas a aprender e ensinar. Tivemos uma sinergia grande, até porque pegamos o início dos Operadores Nacionais e da construção do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos.”    

No podcast, ao ser perguntada sobre os projetos futuros para os notários e registradores, a juíza destacou o uso da tecnologia nos serviços extrajudiciais. “Estamos vivendo um momento histórico de muitas mudanças. É fundamental todos estarem tecnologicamente preparados para praticar atos remotos e eletrônicos, porque esse é o futuro. O sistema extrajudicial tem que saber dessa importância senão ele será sucumbido por quem faça isso. Não temos como fugir, pois quem não fizer ficará para trás”, disse a entrevistada.

Novidades para a sociedade também podem ser aguardadas até o final do ano, conforme adiantou Ranzolin. “Queremos colocar nas ruas o Serp Cidadão. Todo esse serviço eletrônico que está sendo testado para dentro do Judiciário, por meio do Serp-Jud, a gente quer colocar para a população essa possibilidade de poder, dentro da sua casa, de maneira mais confortável e menos custosa, pedir os seus atos registrais.” 

Trajetória

Nascida em Lages, Santa Catarina, Carolina Ranzolin tem 23 anos de magistratura.  Cresceu em Florianópolis, onde começou sua formação em direito. “Não venho de uma família de operadores do direito. Minha mãe é servidora pública e meu pai é engenheiro-agrônomo”, contou. Sua paixão pela área se manifestou desde a faculdade, levando-a a estagiar no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e, posteriormente, a se tornar juíza. 

Ranzolin  também compartilhou seus desafios pessoais, revelando como equilibrar a vida de mãe, filha e profissional. “Não é uma equação fácil de fechar, mas é possível com dedicação. Quando estou com meu filho, nos finais de semana, busco ter uma dedicação de qualidade”, disse.

Assista a íntegra da entrevista.


Fonte: Comunicação IRTDPJBrasil

Em: 28/08/2024